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terça-feira, 8 de abril de 2008

Duas de uma vez...

Campeão em Minas, Campeão em São Paulo.


Este fim de semana a equipe se dividiu em duas. Pato, Benites e Cristiano foram para Mariana-MG disputar o Circuito Minas Trekking. Leandro e Danillo foram para São Pedro-SP Disputar uma etapa da Copa North.







A Prova em Mariana foi longa e cansativa, tivemos que suar a camisa para conseguir completar 16 km embaixo de um sol rachando.
Um longo trecho logo no inicio da prova, em que a tendência de adiantar é maior, contribuiu para que algumas equipes começassem a prova perdendo mais pontos. Mais adiante, chegando próximo a um pequeno neutralizado, as equipes foram testadas na navegação, tivemos que encontrar o caminho que não estava fácil para curtir o visual de uma belíssima cachoeira.





Já no alto do morro, o ponto mais alto da prova, onde o típico terreno da região formado por minério de ferro fez com que as bússolas variassem bastante, a calma e a atenção foram fatores cruciais para não errar o caminho. Para dificultar ainda mais, alem da influencia do minério na bússola, a existência de varias trilhas contribuiu para varias equipes pegar a trilha errada e se afastar do tempo ideal de prova.



A organização comprovou que gosta de misturar historia e trekking, a prova passou por um lugar muito legal de ruínas de exploração de ouro.



O neutral mais caprichado que o Minas Trekking já ofereceu contou com um sanduíche excelente que nos reabasteceu para a segunda parte da prova.



Após o neutro, as velocidades dos trechos estavam com variações maiores dificultando bastante a medição dos contadores de passo. Eles foram testados principalmente em um trecho que o ponto certo de verificar o grau da bússola definiria a direção correta a seguir, neste ponto quem não confiou no passo perdeu tempo e atrasou bastante no pc. Já de volta na cidade, os trechos finais estavam com velocidades alta, a navegação estava complicada dentro das ruas da cidade e quem não conseguiu acompanhar a planilha e entender o que ela estava pedindo chegou atrasado no final.







Com uma navegação precisa e deciões bem tomadas, fomos a melhor equipe da prova, perdendo menos da metade dos pts que a Vamos que Vamos Trekeiros, segunda colocada.















Em São Pedro-SP a disputa foi contra as principais equipes de São Paulo no maior Circuito de Trekking do Brasil.



Com uma mega estrutura a Copa North recebeu no evento aproximadamente 160 equipes.






E não foi só a estrutura que deu show, a Prova contou com excelente nivel tecnico, PCs muito bem posicionados que exigiram a excelencia do contador de passo para não errar e pega-los antes do tempo certo.



Logo no começo da prova o contador de passos tinha que acertar o lugar onde o navegador deveria bater uma bússola que direcionava as equipes para um lago, virávamos mais ou menos 90º e poderíamos pegar duas trilhas paralelas com 2 metros de separação entre elas, a primeira era a certa – foi nela que entramos - e se pegasse a segunda, já encheria um caminhão de pontos, seria alguns minutos de adiantado. Os passos deram no lugar certo, mas a duvida de ver um pc e não passar nos fez perder tempo, saímos navegando de forma rápida, isso nos fez errar em uma referencia que a planilha mandava seguir a cerca e não a trilha, perdemos mais tempo ainda e tivemos que navegar rápido e com mais atenção para tirar o tempo e não perder nenhum pc, saímos correndo e conseguimos tirar o atraso a tempo de chegar bem no primeiro pc da prova, retomamos o fôlego, descemos um rio que dava na lagoa, contornamos ela e pegamos o pc causador do stress.




Daí para frente foi navegação tranqüila e bastante atenta. Atenção redobrada nas referencias e informações contidas na planilha. Foi ai que nos adequamos a planilha da prova, estávamos nos adaptando a ela.








Trechos curtos, referencias muito próximas e muita trilha, contribuiu para a prova ser bastante técnica, as velocidades baixas aliviava a navegação que foi atenta e cuidadosa até chegar no neutro. Até ali, não estávamos fazendo uma grande prova, nos recuperamos bem do atraso no começo e fomos adequando a prova. Do neutro adiante, navegamos muito bem, pegamos os pcs com tempo excelente, os passos garantiram a navegação exata e a baixa pontuação na segunda metade da prova.





No final, faltando 3 trechos para terminar a prova, 2 deles eram com distancias omitidas. No primeiro, tínhamos que contornar o hotel que serviu de base para a prova, tivemos que navegar no estacionamento onde os carros e pessoas dificultaram um pouco a certeza de estar no caminho certo, interpretamos certo a planilha e fechamos bem o primeiro trecho aberto, erramos um pouco o fechamento e isso nos deixou um pouco adiantado em relação ao tempo certo. Na edição do totem, entramos no trecho errado e continuamos a prova com uma velocidade de 6 m/m a mais que a ideal. Descobrimos o erro a poucos metros de um pc que estava no penúltimo trecho da prova, conseguimos corrigir o erro a tempo e depois da prova vimos na folha de performance que conseguimos pegar o pc com apenas 4 segundos de atraso. O nervosismo deste erro contribuiu para adiantarmos um pouco mais no ultimo pc da prova.




No final, esperávamos o resultado com a esperança de ficar entre os 10 primeiros da prova, sabíamos que estávamos competindo com equipes de grande qualidade. E também devido aos pequenos erros cometidos, estávamos com expectativa de somar uma pontuação alta, media de mais ou menos 10 pts por pc.


Quando pegamos a folha de performance veio a surpresa, vimos que fizemos uma boa prova, os erros que cometemos foram concertados a tempo e 107 pts em 20 pcs, uma media de quase 5 pts por pc nos deixava esperançosos em ficar entre os 3 melhores da prova.



Lá em Sampa eles não costumam esconder o resultado para guardar a surpresa para o final e logo descobrimos que a nossa pontuação era a mais baixa de todas. O resultado saiu e junto a confirmação de que fomos a equipe mais regular da prova.





Sair de Sabará, dirigir 1450 km, competir no maior circuito do país, que tem a maior quantidade de equipes competitivas e levar o caneco foi surpreendente. Fomos para a prova com o objetivo de ficar entre os cinco primeiros, pois não estávamos com a equipe completa (força total), sabíamos que iriamos encontrar dificuldades e que iríamos competir com equipes tradicionais no esporte, como a Anta - bicampeã Brasileira, Trackless – Líder do Ranking Brasileiro da Abrapep (Associação Brasileira de Enduro a PÉ) e Ventura – Vencedora de 3 das 4 etapas do Brasileiro de 2007.



Lá não tinha peixe (tributo a nossa querida Los Traíras) para pescar, tinha tubarões. Mesmo assim, mostramos que não importa o tamanho do cardume, com apenas 2 dos 5 integrantes da equipe, fisgamos o caneco de uma das etapas do maior circuito de trekking do Brasil.